Análise geral: anime Fairy Tail

Análise geral: anime Fairy Tail

Anime parado na estante de hoje: Fairy Tail


Será que vale a pena você tirar esse anime da estante para assistir? Confira a resenha!



Já faz um tempinho eu estava com uma ideia parada na estante: começar a discutir sobre mangás e animes aqui no blog. Eu gosto muito desse universo geek e com tantas obras boas que existem... quem sabe eu não consiga convencer algumas pessoas a entrarem nesse universo também, não é mesmo?

Sei que muitas pessoas até tem curiosidade/vontade de assistir algum anime, mas não sabem por onde começar. Dessa forma, hoje começarei a nova coluna do blog  - "Animes parados na estante - análise geral" (resenha) - com um dos meus animes favoritos: Fairy Tail.

Aliás, se você quer dar uma chance ao universo dos animes, Fairy Tail é um dos animes que eu indico.


Enfim, bora conhecer um pouco mais sobre Fairy Tail  e ver se ele realmente faz seu estilo e se vale a pena tirá-lo da estante.




Sinopse


"O Reino de Fiore... Um país neutro de 17 milhões de habitantes. 
Esse é o mundo da magia. A magia é usada todo dia, é uma parte importante na vida das pessoas.

E há aqueles que usam a magia com seu trabalho. As pessoas os chamam de Magos. Esses Magos pertencem a várias guildas e fazem trabalho por comissão. Existe uma quantidade enorme de guildas no país. E, em uma certa cidade, há uma certa guilda...

Uma guilda onde várias lendas nasceram, ou melhor, onde várias lendas irão nascer. E seu nome é Fairy Tail." 

Ela é uma das melhores e mais fortes guildas do reino de Fiore, que fica na cidade de Magnólia, sendo considerada a guilda número 1.

O problema é que ser a guilda número 1 não é nada fácil e isso trará uma série de problemas e consequências. 

Sempre existirá alguém querendo destruiu tudo, não é mesmo? Ou derrotar a guilda.


É aí que Natsu, Lucy e os seus companheiros, Happy, Gray e Erza, da Fairy Tail entram.


Juntos, vão defender a guilda e a família Fairy Tail e provar a seus inimigos que a amizade está acima de tudo. Até dá força!




Foco e Mensagem


Qual o foco do anime? Pode-se dizer que, de um modo geral, ele demonstra laços de amizade fortíssimos que nascem e crescem, sempre. Amizade para a Fairy Tail é mais importante do que tudo e isso fará com que a guilda supere diversos obstáculos. Fazer parte de uma família, que não precisa ser entre pessoas do mesmo sangue, e lutar por ela é o que importa

Os magos da Fairy Tail estão sempre dispostos a ajudar quem precisa e não levam desaforo para casa, ou melhor, para a guilda. E claro, não deixam que ninguém inocente seja prejudicado; nem mesmo os que merecem, de forma injusta. 

Tudo isso, trará situações emocionantes que te deixarão com os olhos cheios d'água e te farão pensar: isso que é amizade, isso que é amor. E certamente, depois de assistir Fairy Tail, você desejará formar uma guilda (hahahah, eu quero!).




E não é só isso, esses magos sabem perdoar quem lhe fez mal e sabem SE perdoar. 


Particularmente, é isso que me atrai nos animes/mangás: a maioria sempre traz uma mensagem muito bonita e importante nos fazendo refletir sobre muitas questões da vida.

Quem pensa que anime é "coisa de criança", está muito enganado! É de criança e de adulto também! hahah. Brincadeiras a parte, muitos animes (muitos mesmo) tem uma temática muito mais adulta do que infantil. Incluindo Fairy Tail.

Não que crianças não gostem, mas muitas coisas precisam de mais amadurecimento para serem compreendidas. No fim, crianças ou adultos, todos se divertem.


Fairy Tail é um anime que ensina valores essenciais



Classificação e Faixa Etária


A editora JBC, responsável pela publicação do mangá de Fairy Tail no Brasil, afirma que a classificação etária é de 14 anos.

Eu diria que é um anime indicado para todas as idades. Porém, outras fontes que indicam o anime para maiores de 10/11 anos.

Fairy Tail é um Shonen, O que é isso? Shonen em japonês significa "jovem garoto". Animes desse estilo têm como público alvo adolescentes. Shonen tem como foco principal a amizade e é repleto de batalhas. É o meu gênero favorito de anime (eu gosto de porraada, hahah).

Contudo, mesmo que o público alvo sejam os adolescentes, Fairy Tail alcança um público muito vasto: de crianças até adultos. É um anime divertido com personagens diversificados. Entretanto,  dependendo da idade, nem todos entenderão a mensagem que o anime passa... ou algumas coisas que são deixadas no ar, por exemplo, alguns romances


Enfim, se você está em busca de um anime leve, engraçado e emocionante, você precisa assistir Fairy Tail. É uma obra que fará você sentir uma vasta quantidade de emoções.


Os magos da Fairy Tail travam diversas batalhas que envolvem os mais criativos tipos de magia, mas não há sangue. Muitos dizem que esse detalhe é um ponto negativo, pois, o personagem apanha, apanha, apanha e nós só conseguimos ver que eles estão machucados por causa algumas manchas que aparecem na pela ou por estarem enfaixados, literalmente. Não há sangue. Não há mortes (talvez uma ou duas, mas não é mostrado).



Se você não gosta muito de romance, fique tranquilo (a) pois não aparecerá nenhum casal trocando carícias ou se declarando (salvo uma ou duas exceções que são mais cômicas do que românticas). Se você gosta de romance, esse também pode ser um ponto fraco, porém, se você prestar muita atenção existem alguns romances no ar. 


E que particularmente me dão um tanto de raiva, pois tem hora que você se pega pensando: beija logooo, para de enrolação!!!! E depois você pensa: será que era só impressão minha... eles não se gostam?


Romance em Fairy Tail não existe explicitamente


Há quem diga que o anime tem seu toque sensual, as mulheres do anime são todas linda, esbeltas e com seios fartos... as vezes aparecem de biquíni, algumas usam roupas mais curtas e decotadas. Mas eu, particularmente, não vejo nada demais e não me sinto incomodada (obs: eu odeio animes eróticos/ecchi). Não é nada muito forçado, não há apelos sexuais.


Personagens


O interessante desse anime é que ele possui uma quantidade muito grande de personagens secundários, claro que eles não aparecem o tempo todo, mas certamente em determinada etapa da estória eles vão se destacar e mostrar do que são capazes. E você vai se surpreender. Existem personagens para todos os gostos.

Há certa controvérsia quanto aos personagens principais, é difícil se chegar a um acordo sobre quem é o verdadeiro protagonista do anime.


No decorrer da estória, alguns personagens novos vão surgindo. Alguns vilões, por exemplo, que, ao descobrir o verdadeiro valor da amizade, entraram para a Fairy Tail, e outros perdidos pelo universo também (hahaha). Esses personagens novos serão muito importantes, e talvez se tornem um dos principais!


Cada arco destacará alguns personagens e poderá contar suas estórias que, muitas vezes, são emocionantes. Muitas das tragédias que podem vir a ocorrer no anime, e que talvez serão evitadas pela guilda, podem estar relacionadas com a vida de alguns desses personagens.

Outra questão interessante é que essas estórias individuais não são infantis, são tristes, emocionantes, estórias de perdas, de superação.

Há personagens extremamente fortes tanto femininos quanto masculinos.





Estrutura, Episódios e Temporadas


O anime possui vários episódios superando o número de 250, mas é tremendamente emocionante e engraçado, características que tornam essa quantidade um número muito pequeno. Fairy Tail não possui muitos fillers comparado a outros animes

O que são fillers? Fillers são episódios com estórias individuais que não fazem parte da saga, por exemplo, o dia de algum personagem, uma missão pouco importante, uma festa na guilda. São episódios que você pode pular.


O anime ainda está sendo lançado e está em alta no japão, por isso, ele será desenvolvido até o final do mangá (muitos animes não são terminados).

Atualmente, o mangá de Fairy Tail já foi finalizado. No Brasil, são 63 volumes. Apesar de ter acabado de lançar há pouco tempo, eu já estou torcendo para que a editora relance. Não consegui comprar os primeiros volumes! Quero a coleção toda!


Como todo anime, Fairy Tail é dividido por arcos.

Para você que não sabe o que é arco, explico agora: arcos são uma espécie de temporada. Cada arco tem uma história central e seguir a sequência correta dos arcos (ordem crescente do número de episódios) é seguir a continuação e evolução desse mundo mágico.

Mesmo assim, o anime não perde o foco principal e, a cada arco, os personagens evoluem, a estória fica cada vez melhor e empolgante: você vai conhecendo o reino de Fiore aos poucos, aparecem inimigos cada vez mais fortes e malignos.


Antes, o objetivo da guilda era apenas se proteger e cumprir seus trabalhos, com o decorrer do tempo os trabalhos que antes eram simples ficam mais difíceis e perigosos, tomando rumos maiores, levando os personagens a salvarem o reino.

Para quem não conhece muito sobre animes, cada episódio de anime tem cerca de 20 minutos de duração.


Resumindo

Como eu disse, Fairy Tail é um dos meus animes favoritos e um dos responsáveis por me fazer amar o universo "otaku".

O anime vale a pena ser assistido sim. Ele conseguirá lhe arrancar algumas lágrimas e, logo em seguida, fazer você rir. É bem engraçado e divertido.


As batalhas são muito boas e emocionantes ( não melhores que as do Naruto), fazendo você vibrar pelos personagens demasiadamente cativantes e guerreiros (fodõesss, rs). A maioria das estórias também.

Não tem sangue e nem mortes. Não é violento (apesar de ser um anime com diversas batalhas).
Não é erótico (depende do ponto de vista), pelo menos eu não vi nada demais.
Não tem romance e foca mais no valor da amizade.




Conseguiram ter uma noção sobre o que é o anime? Bom, como todo anime compostos por diversas sagas, Fairy Tail tem seus altos e baixos. Possui alguns episódios chatos e algumas estórias também. 

Em geral, o anime fica melhor a cada arco e os personagens sempre surpreendem. Por isso, se você achar os primeiros episódios um pouco chatinhos calma que será apenas a introdução ao universo de Fairy Tail.


Atualmente, o anime está no último arco. Muitos que terminaram de ler o mangá se decepcionaram. Eu ainda não sei o final.


Enfim, chegamos ao final da análise! Espero que você gostado e que resolva assistir esse anime parado na sua estante!


Você que já assistiu ao anime ou leu o mangá, me conta o que você acha da obra aí nos comentários. Sem spoilers, hein!
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Resenha: O Vampiro Lestat - Anne Rice

Resenha: O Vampiro Lestat - Anne Rice

O Vampiro Lestat é o segundo livro da série "As Crônicas Vampirescas" - confira a resenha do livro


O Vampiro Lestat Anne Rice resenha blog Parado na Estante Erica Regina



“Nenhuma morte pode ser enorme como a vida“ – Lestat





O segundo livro da série "Crônicas Vampirescas" conta a história de Lestat. E, para mim, foi sem dúvida muuuuito melhor que o primeiro volume! Uma das minhas melhores leituras de 2015.




Se antes odiei Lestat em 'Entrevista com o Vampiro', neste livro ele me conquistou. 







Autora: Anne Rice
Volume: 2
Editora: Rocco
Tradução: Reinaldo Guarany
Páginas: 468
Classificação:5/5 Favoritado!

Links: SkoobGoodreads

Sinopse


Lestat escreve o livro que leva seu nome em resposta ao primeiro volume da série "Entrevista com o Vampiro". Encabulado com a visão e interpretação de Louis sobre ele e tudo o que ocorreu na época em que viveram juntos, Lestat relata sua versão dos fatos e os motivos que o levaram a tomar determinadas decisões.

Lestat começa por contar a história de quando ainda era humano e de como virou vampiro.

E antes o tão odiado Lestat agora torna-se o amado, forte e temido vampiro. O mais sensual, bonito e inteligente de todos. O vampiro mostra um lado antes nunca imaginado: o verdadeiro vampiro Lestat. E relata tudo o que viveu antes, durante e depois de Louis.

Sedento por reconhecimento e fama, Lestat será ainda mais audacioso que Louis: formará uma banda intitulada "O Vampiro Lestat" e contará em suas canções toda a história do mundo vampírico, tudo o que sabe, despertando o ódio dos seres antigos e dos mais variados vampiros de todo o mundo.

E agora? Lestat revelou segredos inimagináveis até pelos vampiros Como a sociedade reagirá a tudo isso? Ele será o vampiro mais amado ou mais odiado novamente?


Minha ínfima opinião



O livro é narrado em primeira pessoa, por Lestat, e a impressão que temos é que estamos batendo um papo com o vampiro. O tempo todo Anne Rice se preocupa em demonstrar a personalidade do vampiro na narração: sempre sarcástico e nada humilde. Um verdadeiro vampiro. 

O período em que Lestat viveu com Louis foi apenas uma parte obscura de seus longos anos de imortalidade. Olhando para sua história a partir de seu próprio ponto de vista, é impossível não deixar de odiá-lo para imediatamente amá-lo. Com isso, não fica difícil de compreender os motivos que o levaram a ser tão misterioso e inconsequente.

E, claro, depois de tanto sofrimento e tantos segredos guardados, Lestat está louco para tirar o peso  das costas, que aguentou por tantos anos.

Tendo vivido tantos anos, sofrido sozinho, com tantas coisas para desabafar, Lestat não tem nada a perder. Egocêntrico, sente falta de ser reconhecido. Ele quer ser famoso e amado, não gosta de ter que viver nas sombras, sendo o desconhecido, o solitário vampiro. E na busca por se sentir vivo novamente, ele escreve o livro. 

Lestat se tornará o rockstar mais amado de todo o mundo, brincando com verdades que quase todos acreditam serem apenas canções. 

Além disso, todas as perguntas feitas por Louis (e por nós leitores) no primeiro volume da série são sanadas no livro, mas muitas outras perguntas surgem. Perguntas estas que farão, futuramente, o personagem viajar o mundo em busca delas. 

Esse livro revelará alguns mistérios importantíssimos para a série. Fatos que farão até mesmo Lestat sentir medo e ter dúvidas.

Como os vampiros surgiram? Quem foi o primeiro? Como foram criados? De onde vieram?



Anne Rice é uma de minhas escritoras favoritas! Perdi a conta de quantas vezes reli esses livros. E a cada leitura eu os amo ainda mais. Se você gosta de vampiros, você precisa ler crônicas vampirescas. E se você já leu alguma obra sobre vampiros e não gostou, dê uma chance a estas crônicas.

Ambos os livros "Entrevista com o Vampiro" e "O Vampiro Lestat' têm filmes, antigos. Eu não gostei, mas muitos gostam. 


Confira a resenha do primeiro livro da série: Resenha: Entrevista com o Vampiro - Anne Rice



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Resenha: Entrevista com o Vampiro - Anne Rice

Resenha: Entrevista com o Vampiro - Anne Rice



O livro Entrevista com o Vampiro é o primeiro livro da série "Crônicas Vampirescas".



Entrevista com o Vampiro Anne Rice - resenha do blog Parado na Estante


"O mal é um ponto de vista" - Lestat.






Autora: Anne Rice.
Volume: 1.
Editora: Rocco.
Tradução: Clarice Lispector.
Páginas: 334.
Classificação: 5/5 Favoritado!.

Links: SkoobGoodreads.




Sinopse


Louis de Pointe Du Lac é um vampiro francês audacioso: contratou um jornalista para escrever a história de sua vida compilada no livro "Entrevista com o Vampiro". E ao contrário do que você pode imaginar, o livro é mais uma história contada do que uma entrevista em si.

Em uma sala escura, frente a frente com o jornalista que registra tudo com um gravador, Louis relata sua vida quando humano até tornar-se vampiro, em 1791, pelo inestimável Lestat.

Louis, um homem rico nascido na antiga Lousiana, herdou a fazenda da família e vive junto de sua mãe, irmã e irmão. Após uma tragédia que marcará Louis para sempre deixando-no com marcas psicológicas que estarão expostas também em sua imortalidade, Lestat aparecerá e mudará ainda mais sua vida. Ou seria morte? 


Transformado em vampiro, Louis verá o mundo com uma beleza e nitidez apenas permitida a vampiros e, numa viagem sem volta, procurará por respostas às suas perguntas a respeito de sua espécie.

Louis é um personagem de uma singularidade incrível. Ele será a "estrela" da obra que fará você amar o que ele ama e odiar o que ele odeia. Ele é o vampiro melancólico que não aceita ter sido transformado e o tempo todo se culpa por suas ações, tanto em vida quanto em "morte". Ele trava diversas batalhas internas que alguma vez na vida nós certamente já nos perguntamos, questões extremamente existenciais e profundas. O que seria ele? Um filho de Deus? Do diabo? Ele vai atrás destas respostas.

Sua sensibilidade e amor pelos humanos o leva a escolhas peculiares e um sofrimento ininterrupto que o obrigará a abordar grandes questões como a vida, a morte e a imortalidade. E Lestat, o vampiro insensível e sem coração confundirá ainda mais sua cabeça (a de você também leitor) e de seu discípulo trazendo a ambos consequências desastrosas.

Além de histórias sensivelmente inéditas, tanto no quesito psicológico quanto na criatividade da autora, Anne Rice nos fará viajar pela Europa com belas descrições dos ambientes: Nova Orleans, Paris; numa viagem também ao tempo.

Neste primeiro volume, o universo vampírico será revelado ao mortais pela primeira vez e caberão a eles considerar a obra como ficção ou não. 


Louis quebrará uma das mais importantes regras do universo imortal: nunca revelar aos humanos que vampiros existem e quem são eles.

E isso, claro, trará muitas consequências ao universo vampírico, especialmente para ele e Lestat; no decorrer da série.

Anne Rice apresentará este maravilhoso universo vampírico visto aos olhos de Louis que nos fará amá-lo e odiar Lestat.


Opinião


Anne Rice foi quem me iniciou nesse tão amado mundo literário e tenho por ela um carinho e admiração inestimável! Me apaixonei pelo universo vampírico assim que iniciei a leitura do primeiro volume da série, Entrevista com o Vampiro, e te contarei o por quê.

Primeiramente, os vampiros de Anne Rice são de carne e osso. O que quero dizer com isso? Ela os criou de uma maneira tão brilhante que nos leva a imaginá-los realmente no nosso mundo, no "dia-a-dia", como sendo algo possível de realmente existir, sem fantasiar. Eles não são seres "super mágicos" e maquiavélicos como pensei que seriam. Eles se misturam com a multidão e são "filhos da noite". 


Os vampiros de Anne Rice tem sentimentos, são extremamente inteligentes e complexos. 



Eles amam, odeiam e sentem medo sim. 


São tão complexos quanto os humanos.


A escrita de Anne Rice muitas vezes tem um tom filosófico e, de maneira alguma isso torna a leitura arrastada, os personagens parecem estar 'conversando" com o leitor.


Por isso, o livro nos traz diversas reflexões: a questão da vida vs morte, por exemplo. Anne Rice escreve de uma maneira que é impossível não nos colocarmos no lugar dos personagens, obrigando-nos a fazer e sentir suas escolhas juntamente com eles. 


Outra questão importante é a imortalidade. Certamente, você já se perguntou como seria ser imortal, não é mesmo? Louis nos mostrará os prós e os contras, levando-nos a acreditar, ou melhor,  quase sentir na pele que sobreviver constantemente à passagem do tempo não é um ótimo destino.


Anne Rice tem uma escrita apaixonante. 


Difícil explicar, acho que para entender é preciso ter a experiência da leitura. Não é uma linguagem simples, mas também não é uma linguagem complexa, é única. Não é por acaso que as crônicas vampirescas são considerados verdadeiros clássicos. Mas calma que de chato e massante não tem nada.


Cláudia é um dos personagens mais inesquecíveis das crônicas vampirescas. A questão ética e a precocidade serão muito bem abordadas com ela, resultando uma mescla de amor e ódio compreensível.


Amo a série "crônicas vampirescas" e você? Já leu, conte aí nos comentários sua experiência: gostou ou não? Por quê?



Leia o que escrevi sobre o segundo livro da série: resenha O Vampiro Lestat - Anne Rice


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Resenha: Cada Segredo

Resenha: Cada Segredo


Confira a resenha do livro "Cada Segredo" de Laura Lippman.


A autora sabe como te deixar curioso (a).





Autora: Laura Lippman
Editora: Record
Lançamento: 2011
Tradução: Márcia Alves
Páginas: 406
Classificação: 1/5 estrelas.

Links: Skoob, Goodreads.




Sinopse


Ronnie Fuller e Alice Maning, duas garotas brancas, tinham 11 anos quando compareceram a última festa de aniversário. Após serem expulsas da festa, sozinhas resolveram voltar para suas casas que ficavam a poucos quarteirões dali. Ninguém poderia imaginar que o que encontrariam mudaria suas vidas para sempre, ou melhor, suas atitudes mudariam suas vidas para sempre.

No caminho, encontram uma criança negra, de aproximadamente 1 ano, que estava num carrinho de bebê supostamente abandonado. O que fazer com o bebê?

Poucos dias depois, a criança foi encontrada morta e as meninas condenadas a sete anos de confinamento reformatórios distintos, por assassinato. 


A criança assassinada era neta de um renomado juiz negro que tentou de todas as formas condená-las a prisão perpétua pelo crime brutal. E justamente por serem crianças, é que foi possível apenas condená-las a sete anos, uma pena longa para a idade. 


Sete anos depois desse brutal assassinato, as garotas são soltas, já com 18 anos, e precisam se adaptar à sociedade. Acontece que, coincidentemente, uma criança negra de 3 anos desapareceu. 

Será que Ronnie e Alice estarão envolvidas?



Minha ínfima opinião


Nas primeiras páginas pensei que seria um super livro! Comecei a leitura achando a história envolvente, apesar de ser uma narrativa lenta, mas só nas primeiras páginas. Alcancei a 100ª página tendo a impressão que tudo o que li não acrescentou nada a trama. Também ocorreu isso quando alcancei a 200ª página, a 300ª página e finalmente até o final do livro.


Eu lia, lia e lia e nada era solucionado, as pistas dadas não levavam a boas descobertas sobre o assassinato do bebê e o desaparecimento da outra criança (na minha opinião, é claro). 

Acabou da mesma forma que começou: monótono e sem emoções. 


No final, o caso foi rapidamente solucionado e... acabou! Desfecho totalmente previsível.


Não houve aprofundamento dos personagens e nem dos crimes. Pensei que a autora apresentaria personagens densos e que realmente fosse me chocar e assustar, pois nele existem duas questões que, quando juntas, assustam: crianças + assassinato, ainda mais quando os acusados são crianças! Entretanto, a autora não conseguiu me impressionar, não senti nenhuma emoção.


O que me fez continuar o livro foi o intenso suspense. Incrível como, a cada página, eu ficava na esperança de que algo realmente fosse acontecer, e isso me fez ler o livro até o fim. Lippman sabe como te deixar curioso (a).

Existem vários personagens além das duas garotas. Muitos mesmo. E a trama mostra o ponto de vista de todos eles. Desnecessário.


A autora contou um pouco da história de cada personagem, além de suas preocupações e reflexões sobre os crimes. E o tempo todo tive a impressão que Lippman não conhecia seus personagens.


No início, pensei que tudo fosse se encaixar de uma maneira genial, mas depois que li só me pareceu "encheção de linguiça".

Foram histórias de vida demais para um livro só. Já li livros nesse estilo: um festival de personagens e histórias, mas tudo se encaixava, tinha emoção, tinha propósito. Não nesse caso.


Em romances desse estilo, o que se espera são assassinos terríveis, detetives brilhantes, cenas de crimes chocantes e um desfecho... imprevisível. E mesmo que o foco do livro não tenha sido a ação em si, o propósito não foi desenvolvido com maestria


Acredito que o objetivo da autora tenha sido este: o de mostrar o ponto de vista de cada personagem sobre o crime, o que cada um sentia e pensava e dar menor ênfase ao caso em si; no fim, Lippman não foi bem sucedida, ela não soube penetrar na essência dos personagens e dissecá-los. Não soube descrever suas razões sentimentos. 

Fiquei impressionada pelo elogio da Tess Gerritssen, que admiro muito, a respeito da obra e não pude deixar de pensar: perdi alguma coisa ou foi apenas jogada de marketing?

Resultado: é um bom livro para quem sofre de insônia.

Mesmo assim, vi vários elogios (apesar de a classificação ficar sempre em três estrelas). Talvez você possa ter uma opinião melhor que a minha e um entendimento acima do meu. Afinal, temos gostos e experiências diferentes.


Estou super curiosa para saber o que você achou do livro! Me conta aí nos comentários!


Leia minha ínfima opinião sobre outros romances policiais - Resenha: Criança 44


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7 motivos para você assistir Orphan Black

7 motivos para você assistir Orphan Black

7 motivos para você assistir Orphan Black


Nada melhor para estrear a seção de séries do blog do que falar de uma das minhas séries favoritas, né?


Série Orphan Black

Orphan Black, como eu disse, é uma de minhas séries favoritas. E, se você ainda não assistiu, vou te mostrar porque você precisa assistir essa série, mas antes disso, vamos ler uma breve sinopse da primeira temporada:


SINOPSE



A protagonista é Sarah Manning: uma mulher órfã, ex namorada de um traficante e mãe da pequena Kira Manning. Temendo envolver a sua filha devido a seu relacionamento conturbado com o ex, Kira vive com a mãe adotiva de Sarah: Mrs S.

O incrível universo de Orphan Black começa quando Sarah Manning testemunha o suicídio de uma mulher numa estação de metro.

Antes que a mulher se matasse, ela deixa na plataforma sua bolsa e sapatos e se joga nos trilhos. Sarah testemunha tudo e vê na mulher algo que a deixa totalmente intrigada: a mulher era idêntica a ela.

Assustada e curiosa, Sarah pega a bolsa de quem, mais tarde, descobriria ser Beth Childs, e foge a fim de entender melhor a situação. 


E o que descobre é, no mínimo, intrigante. 


Curiosa, Sarah vai até o apartamento de Beth a fim de descobrir quem era aquela mulher. No apartamento, após ver fotos e videos de Beth, Sarah fica completamente convencida de uma coisa: Beth é totalmente igual a ela; mesma voz, aparentemente mesmo tamanho, mesmo corpo, mesmo tom de pele e sorriso.



Beth seria sua irmã gêmea que foi adotada por outra família? 

E a detetive tem uma boa quantia em dinheiro na poupança. Que tal mudar de vida?

Desesperada para se livrar do ex-namorado e voltar novamente a ter a "guarda" de sua filha, sem pensar nas consequências, Sarah assume a identidade de Beth. O problema é que ela não contava que Beth fosse uma detetive policial.


E agora? Como se passar por uma detetive sem ter o mínimo treinamento e experiência? Sem conhecer o cara que é 'supostamente' seu melhor amigo?



Mais tarde, são revelados a Sarah Manning novos fatos: Beth não é a única mulher igual a ela, existem outras. E Sarah curiosa por saber quem são essas mulheres e o que elas são, irá atrás de respostas que bagunçará e ameaçará ainda mais a vida dela e de sua família.

E aí, será que consegui te deixar curioso (a)? Vamos aos:


7 motivos para você assistir Orphan Black


1- Clones


Sabemos que clone humano é proibido (apesar de já terem feito). Entretanto, você nunca se perguntou como seria se existissem clones humanos? E se um dia você pensou isso, tenho certeza que também se perguntou: será que não há uma organização secreta que faz clones humanos? Isso já foi retratado em alguns filmes, porém, mesmo assim, achei a série bem original.

Como seria ter ou ser um clone? Espero nunca saber disso, hahaha!




Orphan Black é uma ótima alternativa sci-fi para você se aprofundar nestas questões, se intrigar e se divertir.

Além de abordar um assunto polêmico e muito apreciado no universo ficcional, traz a tona essa questão sci-fi em nossa 'sociedade atual'.


2- Atuação impecável de Tatiana Maslany





A atriz que interpreta Sarah Manning é a mesma que interpreta todos os clones. A atuação é tão perfeita que ela consegue dar vida e personalidade a todos os seus personagens. E a personalidade é tão bem construída que mesmo que Sarah esteja disfarçada de outro clone, por exemplo, você consegue identificá-la só pelo seu modo de andar e falar.

Cada personagem tem seu estilo, suas crenças, costumes e vida. Tatiana consegue nos convencer de que todas são pessoas completamente diferentes e com vidas diferentes.


A atuação é simplesmente sensacional. Não é a toa que a atriz ganhou tantos prêmios pela atuação.


Tatiana Maslany no Emmy


3- Elenco talentoso



Não é só a atuação de Tatiana que merece destaque. Todo o elenco é muito talentoso. Felix, seu irmão adotivo, interpretado por Jordan Gavaris, é incrível. Éle é um personagem que te conquista com tanto carisma. 

Mrs. S., a mãe adotiva de Sarah e Felix, interpretada por Maria Josephine Doyle Kennedy, a mesma atriz de The Tudors, também dá um show. 


A maioria do elenco é premiada. 





4- Engraçado, dramático e misterioso





O suspense é tanto, que você não consegue assistir apenas um episódio por dia. Você vai querer assistir uma temporada por dia.


5- São mais de 20 prêmios


Desde quando estreou, em 2013, a série ganhou mais de 20 prêmios, alguns deles: melhor série dramática, melhor fotografia, melhor roteiro, melhor design e direção de arte, melhor série sci-fi, melhor elenco, excelência em criatividade.




6- Imprevisível



Você sempre será surpreendido. Quanto mais Sarah e suas irmãs exploram e desvendam esse universo secreto, mais pistas encontram e, conforme vão desvendando-nas, descobrem que a verdade está muito longe de ser encontrada e que existe todo um universo alternativo e misterioso por trás. E o que ocorre depois disso, ninguém sabe. Só se sabe que vai surpreender.


7-  Homofobia zero




A série possui personagens homossexuais carismáticos e muito queridos. Os personagens, em nenhum momento, mostram serem preconceituosos. As opções sexuais em Orphan Black são completamente respeitadas e perfeitamente normais.


Em 2016 a BBC America lançará a 4ª temporada de Orphan Black. E ela promete!

Se você ainda não assistiu não acha que já está na hora de começar a assistir? Estes 7 motivos para você assistir Orphan Black, são mais do que suficientes, não?

Começe hoje, ainda dá tempo de acompanhar o lançamento da 4ª temporada! Você não vai se arrepender!


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Resenha: A Mulher do Viajante do Tempo - Audrey Niffenegger

Resenha: A Mulher do Viajante do Tempo - Audrey Niffenegger





Confira a resenha do livro "A mulher do viajante do tempo"








Sem dúvida, um dos meus livros favoritos.



"O Tempo é precioso, mas é gratuito.Você não pode possuí-lo, você pode usá-lo. Você pode gastá-lo. Mas você não pode mantê-lo. Uma vez que você o perdeu nunca poderá recuperá-lo." - Audrey Niffenegger



Autora: Audrey Niffenegger
Editora: Suma de Letras
Lançamento: 2004 (a versão da capa em 2009)
Tradução: Adalgisa Campos da Silva
Páginas: 456
Classificação: 5/5 estrelas. Favorito!

Links: Skoob, Goodreads.






 Sinopse


Henry sofre de uma doença genética que o transporta no tempo. Inesperadamente, a qualquer hora, ele viaja para o passado ou para o futuro. Henry não tem controle disso. Ele pode viajar numa época em que ele ainda não existia ou muitos anos a frente. Ele pode encontrar seu eu do passado, seu eu do futuro, seu eu que está algumas horas no futuro, e até mesmo pode vim um Henry do passado ou do futuro para o presente. Assim, ele também acaba visitando sua família, amigos e alguns lugares inusitados.


Numa dessas viagens, com seus 30 anos (ou pouco mais do que isso) conhece uma garota de seis anos chamada Clare e, a partir desse dia, ele sempre a encontrará em diversas épocas da vida dela e a ajudará quando necessário. 


Isso de viajar para um pessoa e não para um lugar, nunca aconteceu antes.


Henry terá que encontrar uma forma de se adaptar a situação e não assustá-la, pois não é todo dia que um homem do passado, presente ou futuro, aparece nu na sua frente, ainda mais na frente de uma criança.


E a estranha relação que constroem é a pura concepção de amor. Henry vira uma espécie de melhor amigo e Clare sempre o ajuda com roupas e comida. É uma relação marcada por altos e baixos. Por momentos de espera e preocupação.


A mulher do viajante do tempo mostra, nessa relação, o que é o amor.


Minha ínfima opinião



O livro é maravilhoso. Sem dúvida, é o meu favorito.

Romântico, retrata delicadamente a famosa frase: te espero o tempo que for preciso.

Em 2015 tomei uma decisão: sair da minha zona de conforto e ler vários gêneros. "A Mulher do Viajante no Tempo" foi o livro de romance que eu escolhi, aliás, vi esse livro por acaso no skoob e resolvi lê-lo. As críticas eram bem divididas e eu quis ler para ter minha própria opinião. Não sou muito adepta a livros de romance, mas eu me surpreendi.


Esse livro tem um pouco de tudo. É dramático, romântico, tem suspense, situações tristes e alegres. É lindo e delicado! 


E fico pensando em como a autora conseguiu pensar em toda essa estória.

As viagens no tempo são um pouco confusas no começo, mas quando você entende o que está acontecendo... o que não demora, fica maravilhoso! 

Ao finalizar o livro e entender tudo o que ocorreu, quis voltar ao primeiro capítulo e ler tudo novamente com outros olhos. Quando se lê pela primeira vez, os capítulos são cheios de mistérios e acabam de uma forma abrupta que te deixa curiosa (o) para ler o próximo capítulo que, geralmente, não tem relação alguma com o anterior.

Esses mistérios vão sendo desvendados no decorrer da estória de uma maneira que eu achei simplesmente genial. É tão delicado! E claro, aquela situação que você passou umas páginas tentando entender e se perguntando o que ocorreu tem sempre uma explicação e um motivo. No início, pensei que fosse algo trivial, e a resolução do mistério mostra que é muito mais que isso. É amor.

Quando terminei o livro chorei muito e passei uma semana pensando sobre a estória. Não que seja uma estória triste, linda ou 'apenas' emocionante. 

É que me fez parar para pensar se, eu no lugar dela ou dele, realmente viveria todas as situações que eles passaram por amor, e por quem eu faria isso? Quem vale a pena? E sabe, não se trata apenas do 'amor da minha vida' mas sim das pessoas queridas.

Me fez pensar muito em como eu levo a minha vida e no que realmente importa.


Por mais que seja um livro de ficção, a questão que ela trabalhou é bem realista, só que trabalhado de uma forma diferente. Tem um final, no quesito sentimental, muito realista.


O livro é narrado pelo ponto de vista de Clare e de Henry. A autora soube representar muito bem a narração de cada um, parecendo mesmo duas pessoas distintas. 

Gosto quando existe dois pontos de vista da mesma situação, pois, as vezes um personagem, assim como nós mesmos, interpreta aquela situação de uma forma e o outro de forma diferente. 

Clare e Henry são personagens muito reais. Parecem até pessoas de carne e osso! Não tenho nada a reclamar do livro, para mim, tudo foi ótimo. Esses personagens são inesquecíveis.


O livro tem um filme, um pouco antigo. Mesmo depois de ter lido o livro, eu adorei. Me fez dar cara aos personagens do livro e sentir o que senti lendo o livro, só com percepções visuais. Recomendo muito o filme.


Agora me conta o que você achou do livro e/ou filme? Como eu disse, as opiniões sobre o livro são bastante divididas. Eu adoraria saber o seu ponto de vista!





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